Ao suspender visitas e adotar todas as medidas restritivas para evitar o contágio, Nossa Casa Moradia para idosos não registrou nenhum caso da doença em meio à pandemia.
“Nós vencemos”. É a afirmação de Paula Gomes Loyola, proprietária da Nossa Casa, moradia para idosos, ao ter confirmada a realização da vacinação para os idosos moradores do local, na tarde desta quarta-feira (20), primeiro dia oficial do programa de imunização em Curitiba, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde. Ao adotar todas as medidas de segurança recomendadas pelas autoridades sanitárias, a instituição não registrou nenhum caso de contaminação pela Covid-19.
A casa, fundada em 1986, precisou fechar temporariamente em março do ano passado em função da Covid-19. “Foram meses muito sofridos porque as famílias tinham portas abertas aqui na casa, estavam com seus familiares quando tinham vontade de estar. Foi um grande choque para nós ter de viver essa separação”, relembra Paula. A partir da necessidade de isolamento por conta da pandemia, foi preciso suspender todas as atividades.
A casa adotou medidas de segurança, substituindo as visitas tradicionais por encontros à distância, e estabeleceu também vídeo chamadas para que os idosos pudessem conversar com familiares. Mas para quem já tem certa idade, os dois expedientes não se mostraram efetivos. Mesmo diante de apelos de parentes que pediam a retomada das visitas presenciais, a casa decidiu não ceder, explicando que passar imunes ao novo coronavírus exigiria a interrupção dos encontros. A equipe de enfermeiros trabalhou o tempo todo com máscara e escudo de acrílico ao longo de 2020. A Vigilância Sanitária e a Promotoria do Idoso acompanharam de perto todo o trabalho da Nossa Casa durante todo o ano passado.
“Chegou o dia”
“Fizemos pouquíssimas visitas à distância, porque muitas vezes o idoso mal reconhecia o familiar com o uso da máscara”. Felizmente, graças ao cumprimento a risca de todos os protocolos de segurança, a casa não registrou nenhum caso de Covid-19. Com a confirmação dos idosos como grupo prioritário no programa da vacinação, Paula pôde afirmar: “aqui o coronavírus não entrou”.
Marlene Cunha Gomes, de 79 anos, moradora da casa, não vê a família há quase um ano. “Estou louca de alegre”, informou ao saber que seria vacinada nesta quarta-feira. “Faz tempo que estou esperando pela vacina. Estou tão alegre porque, esperar é cansativo. Mas graças a Deus chegou o dia, estou muito feliz”. Assim que estiver pronta, promete dar um abraço em toda a família. “Estou emocionada. Vai dar tudo certo. Deus é bom demais”, comemorou.